Autorização da Coordenadoria de Inspeção de Produtos de Origem Animal permite a comercialização dos produtos do frigorífico em todo o Estado

Coopasc celebra conquista do selo Cispoa

A Cooperativa dos Agricultores de Santo Cristo (Coopasc) celebra uma importante conquista: o selo da Coordenadoria de Inspeção de Produtos de Origem Animal (Cispoa), emitido pela Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação do Rio Grande do Sul que permite a comercialização de produtos de origem animal em todo o território gaúcho.

Conforme o presidente da cooperativa, Jorge Luiz Nonnemacher, a liberação do selo foi bastante comemorada, visto que demandou bastante trabalho e era aguardada por toda a entidade.

“Com a liberação deste selo, vamos poder ampliar a nossa área de comercialização, levando produtos com o autêntico sabor da suinocultura colonial e artesanal, feitos com o cuidado da agricultura familiar.”

Jorge destaca que o abatedouro e frigorífico da Coopasc, localizado na Linha Central, em Santo Cristo, com mais de 800 metros quadrados, construídos sobre 2,2 hectares, há oito anos está em funcionamento. Tem capacidade para abater e armazenar 30 animais por dia, sendo que um novo projeto de aquisição de uma nova câmara fria irá dobrar a capacidade.

“Realizamos hoje um abate semanal para suprir a necessidade da cooperativa, quando são abatidos em torno de 40 suínos. Também realizamos a prestação de serviços para outra empresa. Ou seja, temos capacidade para ampliar o abate e o armazenamento.”

De acordo com o presidente, o foco, agora, é ampliar mercado na região. “Temos produtos competitivos, diferenciados e de qualidade comprovada. Desde a origem, manejo no abate e elaboração dos produtos transformados, mantemos um zelo especial na produção da banha, do torresmo, defumados, como linguiça e charque, salsichão e na carne in natura. Estamos em uma região que, historicamente, há maior consumo de carne suína e seus derivados. Por isso, há espaço para crescer.” Ele também acrescenta a troca da marca dos produtos para Coopasc, mesmo nome da cooperativa.

Cooperativa apresenta resultados positivos em assembleia

No último dia 6 a Coopasc realizou sua Assembleia Geral Ordinária, quando apresentou a prestação de contas, abordou sobre a destinação resultados e houve a renovação do Conselho Fiscal.

Segundo Jorge, o ano de 2024 encerrou com resultado positivo, embora, operacionalmente, tenha contado com alguns percalços. “O empenho e investimento dispensados ao abatedouro/frigorífico, e as enchentes, que refletiram na falta de mercadorias e no aumento do custo delas, foram responsáveis por isso. Mas, mesmo assim, encerramos o ano com saldo positivo.”

Para 2025, ele revela que o planejamento está na ampliação de mercado para os produtos do frigorífico, além da reforma do supermercado e do depósito. Hoje, a Coopasc conta com 182 associados, dos municípios de Santo Cristo, Santa Rosa, Alecrim e Porto Vera Cruz, e conta com uma equipe de oito funcionários no abatedouro/frigorífico e mais de 20 no supermercado, gerando mais renda para o agricultor cooperado, empregando funcionários locais e apresentando produtos de qualidade comprovada.

Em atuação há 31 anos, iniciou como associação e depois se tornou cooperativa. Inicialmente, atuava na comercialização de gêneros alimentícios em troca dos produtos coloniais dos agricultores associados. “Isso também foi agradando o público urbano, ao que passamos para uma mercearia e depois supermercado, que mantemos até hoje”, relembra o dirigente.

Jorge, que está na diretoria da Coopasc desde 2002, e presidente há 20 anos, ressalta a importância de a cooperativa estar atenta às oportunidades de atuação, como programas institucionais, como o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) no município e arredores, bem como outros programas e políticas públicas voltadas aos agricultores familiares. E enfatiza a importância da intercooperação e da parceria que a cooperativa tem com entidades como Unicooper, Cooperluz, AREDE e Casa Familiar Rural Filhos da Terra.

Ao finalizar, ele salienta a necessidade de se fortalecer o cooperativismo. “A cooperação é necessária em todos os setores. E a cooperativa, enquanto entidade que faz parte de uma comunidade, tem o compromisso de participar em vários setores, fornecendo alternativa de receita para os associados e também de suprir a oferta de alimentos aos consumidores.”